Correlação de tempos verbais

16.11.2008 16:30

Fecha 16.11.2008

Por Federico

Asunto Correlação de tempos verbais

Outro dia deparei com um Power Point que mostrava a correlação de tempos verbais Presente do Subjuntivo + Presente do Subjuntivo no enunciado Imagine que você seja [...]. Eu realmente estranhei esta combinação e logo pensei se possível o mesmo enunciado com o Presente do indicativo para o segundo caso Imagine que você é [...]. Então, gostaria de saber se pode ser válida a segunda opção também para um enunciado desse tipo.
Grato,
Frede.

Fecha 16.11.2008

Por Paula Francisca Soares

Asunto Resposta

'Imagine' aí nesta frase não é 'Subjuntivo'... é forma de imperativo... na verdade é um subjuntivo que 'virou', ou melhor, é usado, como Imperativo!...
Então você pode ter sim "Imagine que eu viaje ao Brasil..." Alguém está pedindo a outro alguém para imaginar um fato... ou 'Imagina que eu viaje ao Brasil...' ou no passado...
'Imagine(a) se eu viajasse para o Brasil..." ou no futuro... 'Imagine(a) quando eu viajar para o Brasil...'
A Profa. Marta Scherre tem falado sobre esta variação do Imperativo...
Depois te envio o site, tá?
ABRÇS!!! POLA

 

Fecha 16.11.2008

Por Marcos Bagno

Asunto Resposta

Olá, Frede,
como você sabe, o subjuntivo é o modo da suposição, do desejo, da dúvida etc. Assim, depois do verbo "imaginar", que engloba todos esses traços semânticos, é natural que venha outro verbo no subjuntivo. Lembro, no entanto, que o subjuntivo é sentido, na língua falada cotidiana, como uma "elegância" da língua, algo não tão necessário, o que leva muitos falantes a simplesmente não usar o subjuntivo na fala. Nos gêneros textuais escritos mais monitorados, no entanto, ele aparece com todo o seu vigor.
Um abraço,
Marcos Bagno

Fecha 17.11.2008

Por Paulo Hernandes

Asunto Respostas

Federico,
Na oração "Imagine que você seja Maradona", a forma "imagine" não é do subjuntivo mas do imperativo afirmativo. O imperativo é o modo pelo qual se dá ordem, comando para alguém fazer alguma coisa. A outra estrutura "imagine que você é" tbm. me parece admissível, embora o subjuntivo seja de fato o modo mais apropriado, mas ela é muito usual aqui no Brasil.
Abraço do Paulo Hernandes
www.paulohernandes.pro.br

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Correlação de tempos verbais

Fecha 25.11.2008

Por Hélio Consolaro

Asunto Resposta

Responder

Federico,
veja no site:https://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=gramatica/docs/verbocorrelacaoverbal.
Abraços,
Hélio Consolaro

Fecha 18.12.2008

Por Federico Polastri

Asunto Correlação de tempos verbais

Responder

Há uns dias coloquei uma questão sobre a correlação verbal. Em conseqüência, os colaboradores do site enviaram sua opinião a respeito. Retomando o assunto, gostaria de aprofundar mais em uma leitura que me foi recomendada.
O artigo descreve as correlações verbais adequadas, isto é, aquelas que são aceitas do ponto de vista normativo. Só que depois de ter lido o texto, perguntei-me onde é que se enquadram outras possíveis combinações tão ouvidas no cotidiano.... Segundo o artigo, elas seriam rejeitadas pela língua padrão. Mas, acaso o brasileiro não produz enunciados com certa freqüência como o que é salientado abaixo?
“Quando tiver mais tempo, faço o trabalho”.
Pessoalmente, creio que o texto é um bom exemplo do que professa a norma culta. Ele é um bom subsídio para situações de uso da linguagem muito formais, mas poderia ser muito mais valioso se contemplasse outras correlações verbais usadas com muita freqüência na língua culta. Imaginem só como ficaria alguém de nós se no falar cotidiano decidisse optar por combinar enunciados com fórmulas de futuro do subjuntivo e futuro do presente do indicativo? De fato, o problema não seria como alguém se revela na hora de falar com tais combinações, mas quais os efeitos que pode produzir na interlocução.
Então, seria enriquecedor para todos que algum dos colaboradores pudesse completar o texto com outras correlações verbais aceitas na língua culta. O artigo pode ser visitado em: https://www.portrasdasletras.com.br/pdtl2/sub.php?op=gramatica/docs/verbocorrelacaoverbal.
Agradeço a opinião de todos!
Frede.

Fecha 18.12.2008

Por Marcos Bagno

Asunto Resposta

Responder

Caro Frede,
sua mensagem não contém uma pergunta específica, mas somente um pedido de opinião. Acerca de "Quando tiver mais tempo, faço o trabalho", é uma construção perfeitamente aceitável e usadíssima no português brasileiro do dia a dia. Inusitado e estranho seria "Quando tiver mais tempo, farei o trabalho", porque o futuro simples do indicativo nunca, jamais, é usado na língua falada espontânea, ficando reservado à fala e/ou escrita mais formais. Além disso, é extremamente usual também o uso do imperfeito do indicativo no lugar do futuro do pretérito: "Se eu tivesse dinheiro, comprava um carro novo" em vez de "compraria".
Um abraço,
Marcos Bagno

Fecha 19.12.2008

Por Faraco

Asunto Resposta

Responder

Prezado Frede:

O texto em questão é excessivamente rígido (costumo chamar este tipo de texto de norma "curta"). Considera inadequadas construções que os gramáticos mais conceituados consideram adequadas. As gramáticas confiáveis dizem que o presente do indicativo é usado, em português, para substituir o futuro do presente; e o imperfeito do indicativo para substituir o futuro do pretérito. Não há, portanto, fundamento para se considerar inadequadas, na norma culta brasileira contemporânea, construções como:

"Quando tiver tempo, faço o trabalho."
"Se tivesse tempo, fazia outro curso superior."

Um abraço.
Faraco

Fecha 20.12.2008

Por Paula Soares Maia

Asunto Resposta

Responder

Oi, Frede!
Conforme vimos na palestra 'Sociolingüística & Gramática', penso que seria bom fazermos uma observação. Aliás, falei isto tantas vezes!... Os manuais de gramática são uma 'referência'! Na verdade, são uma base, um ponto de partida para compreensão dos fenômenos lingüísticos, possuindo, geralmente, exemplos retirados das obras de grandes escritores. Desse modo, tempos verbais e correlações entre estes, que não são mais encontrados com freqüência na língua oral (ou coloquial), constam nos manuais de gramática, visto que são, infelizmente, alvo de vários tipos de concursos. Até aí nenhum problema. Voltando ao que falei na palestra, estes manuais não podem é ser vistos como uma 'camisa de força', ou seja, seria interessante que mencionassem fatos lingüísticos da língua cotidiana, e os reconhecessem como um direito à variação por parte dos falantes. No caso, em um contexto jurídico, por exemplo, é possível ouvirmos 'Quando tiver mais tempo, farei o trabalho' / 'Se você me trouxer o livro, eu o lerei' ; assim como, em um contexto familiar 'Quando tiver mais tempo, faço o trabalho' ; bem como 'Se você me traz o livro, eu o leio'. De fato, o que precisamos é que nossos manuais de gramática reconheçam os fatos da língua falada... ou que digam a que tipo de leitor se destinam: a revisores; a aprendizes de PLE; etc... A todos e todas, um GRANDE abraço!!! FPAULA

Fecha 18.07.2009

Por Fátima Montanhas

Asunto correlação verbal

Responder

tenho muita dificuldade em usar a correlação verbal, surgem dúvidas quanto ao emprego dos tempos.gostaria de receber orientação quanto a isso;onde poderia procurar para melhor entendimento. grata!

Fecha 13.04.2011

Por andre junior t.p

Asunto gostei muito

Responder

voces estao de parabens pela criatividade