Semana de Estudos Linguisticos - Português Língua Estrangeira

09.11.2009 12:18

Se realizó entre los días 9 a 11 de noviembre de 2009 la Semana de Estudos Linguísticos - Português Língua Estrangeira organizado por el Instituto de Enseñanza Superior en Lenguas Vivas "Juan Ramón Fernández" y la Asociación Argentina de Profesores de Portugués con la participación de especialistas de Brasil y Argentina.

El evento recibió el apoyo de la Embajada de Brasil, la Embajada de Portugal, el Instituto Camões, la Faculdade de Letras - Universidade Federal de Minas Gerais - Brasil, Casa do Brasil y el Instituto Superior de Estudios de Lomas de Zamora.

 

Semana de Estudos Linguísticos - PLE

 

PROGRAMA DEL EVENTO

 

2ª feira – 9 de novembro

 MANHÃ

8:30 - Credenciamento

ATO DE ABERTURA

Homenagem ao professor Perini

 

Planejamento linguístico e ensino de línguas: o caso do português para falantes de espanhol

Dr. Mário A. Perini

Universidade Federal de Minas Gerais

O conhecimento gramatical explícito é um instrumento essencial em tarefas como: planejar aulas; diagnosticar problemas individuais e propor soluções para os mesmos; planejar textos e exercícios; e planejar cursos devidamente graduados quanto à dificuldade. É, como se vê, trabalho de apoio, mas é fundamental, se se pretende dar ao ensino de uma língua a eficiência que o faz superior a simplesmente mandar o aluno comprar uma passagem para Paris, Chicago ou Curitiba, postar-se em uma lanchonete e ficar ouvindo, na esperança de que com isso acabe aprendendo a língua local.

Para isso, precisamos de gramáticas, isto é, de textos que fornecem a descrição de uma língua. Mas é necessário especificar de que tipo de gramática estamos falando. O que nos interessa não é qualquer tipo de gramática, mas gramáticas contrastivas, ou seja, gramáticas que focalizam em particular as diferenças entre duas línguas.

 

O Debate Atual sobre o ensino de Língua Portuguesa no Brasil

Dr. Lorenzo Vitral

Universidade Federal de Minas Gerais

O ensino de língua portuguesa no Brasil, como língua materna, nas escolas públicas e privadas passa a sofrer questionamento a partir dos anos 70 do século passado. Quatro aspectos podem ser destacados nesse processo: (1) com a gradativa ampliação do acesso à escola, são incluídos segmentos sociais que até então tinham acesso limitado ao universo da língua escrita. A escola é obrigada, portanto, a lidar com dialetos diferentes do português padrão, tarefa para a qual não estava devidamente preparada; (2) tomando por base conquistas da lingüística contemporânea, ocorrem reflexões críticas dos critérios de análise que embasam a descrição tradicional da língua portuguesa, o que faz rever a viabilidade do uso dos manuais tradicionais; (3) desenvolvimento e prestígio da perspectiva teórica da análise do discurso que permite eleger, como objeto empírico prioritário, o texto ou o discurso, e não mais, como na tradição gramatical, a oração ou o período; (4) o advento de novas tecnologias como a Internet e o celular que, ao se constituírem como suportes textuais, fazem repensar a dicotomia fala/escrita e o papel do livro com suporte exclusivo no ensino. Nesta palestra, explicitaremos os quatro aspectos mencionados e apontaremos caminhos possíveis para a conscientização de uma postura pedagógica compatível com estas novas realidades.

 

El mundo editorial y la producción académica

Lic. Mónica Herrero

IESLV “Juan R. Fernández

El objetivo de esta presentación es ofrecer un panorama de la industria editorial local y, en particular, de lo que sucede en el área académica. En los últimos veinte años, se han producido cambios radicales en los usos y costumbres de la industria editorial, lo cual repercutió fundamentalmente en las decisiones de los distintos actores de esta área (directores editoriales, editores, gerentes de marketing, jefe de prensa, etc.) a la hora de armar un catálogo. Estos cambios también se observan en las editoriales más orientadas a un lector universitario, por lo cual cada vez resulta más difícil encontrar espacio para publicar trabajos producto de investigaciones académicas. No obstante,  en este nuevo escenario existen alternativas nacidas del creciente desarrollo tecnológico que pueden ofrecer una solución más cercana y adecuada a las necesidades académicas.

 

TARDE

Produção de conhecimentos em Sociolinguística e ensino de Língua Portuguesa /LE

Dnda. Paula Soares Maia

Universidade Federal de Minas Gerais

Desde 1991 defendo a utilização dos conhecimentos produzidos em Sociolingüística no ensino de Língua Portuguesa, nas suas várias possibilidades, dentre elas, enquanto Língua Estrangeira. Defesa esta que resulta de uma formação acadêmica composta de muita leitura e reflexões sobre a variação e a mudança lingüística, por influência direta das idéias de Labov. Isto significa que o pressuposto sociolingüístico de que “a variação lingüística é inerente ao sistema, sendo a língua um sistema heterogêneo’ (cf. Weireich, Labov & Herzog, 1968; Labov, 1969) deve nortear a prática do ensino de Português Língua Estrangeira, desde o nível fonológico, onde se encontram as unidades mínimas da fala, ao nível discursivo, o qual abarca a expressão de interações humanas. Significa reconhecer que as pesquisas realizadas em Sociolingüística podem ser utilizadas na formação e na prática docente como meio de se evitar, de se combater o preconceito lingüístico, ao se constituírem como exemplos concretos do axioma sociolingüístico de que a língua varia, visto que, para os falantes em geral a idéia de ‘variação linguística’ se apresenta vaga. Ainda hoje, quarenta e um anos depois de postulados os fundamentos empíricos da Sociolingüística como ciência que reconhece as variações lingüísticas desde a origem de uma língua e a qual se embasa no fato de ser a língua um fato social, muito preconceito lingüístico é reforçado pela idéia de língua homogênea, a qual é portadora da prática embasada no ‘certo’ e ‘errado’, que por sua vez, reafirma o espaço da exclusão social. Estas e outras questões são o alvo das reflexões desta apresentação.

 

Políticas públicas, formação inicial de professores e perspectivas de integração cultural/educativa no Mercosul
Dra. Cleoni Maria Barboza Fernandes
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/RS/Brasil
 

A discussão proposta para este evento apresenta como referência de possibilidades de políticas públicas de Formação Inicial de Professores, um recorte de pesquisa com reflexões e inferências apoiadas em dados de uma pesquisa interinstitucional que discute a reformulação das licenciaturas (Cursos de Formação Inicial de Professores) a partir da epistemologia da prática e da inserção no campo profissional. Essa discussão prioriza desafios sociolingüísticos que a formulação legal traz com a Língua Portuguesa como segunda Língua no contexto de um processo de integração cultural e na concepção de capital lingüístico tensiona os processos de ensinar e aprender de uma segunda língua. É destacada nessa discussão a Didática como uma possibilidade mediadora entre os conhecimentos da área específica e os conhecimentos da área pedagógica, tendo como referente práticas sociais do mundo da vida e do trabalho. As mediações entre a formação específica e a formação pedagógica, ganham uma dimensão diferenciada para a necessidade de integração cultural/educativa como um processo histórico de uma integração maior entre as nações. Há que se ter um cuidado em não reduzi-las à instância técnica, política ou econômica. Nessa perspectiva, o trabalho com o conhecimento como categoria de mediação na prática pedagógica cotidiana é indissociado da prática social de uma segunda língua no contexto de uma integração sóciohistórica, cultural e política na busca de uma consolidação inter-nações. Para esta discussão trago a contribuição de BOURDIEU, quando este autor aborda as estruturas de poder no entrevero de relações econômicas e culturais dos detentores da competência lingüística correspondente: situando os conceitos de gramaticalidade e aceitabilidade, desvelando a necessidade do debate sobre o uso e valor das línguas ultrapassar o plano lingüístico e, também, a contribuição de FREIRE sobre a produção de sentido da força da palavra para além da ação comunicacional.

Palavras-chave: Formação Inicial de Professores, mediações; prática pedagógica; integração educacional e cultural.

 

3ª feira – 10 de novembro 

 MANHÃ

Cuestiones prácticas para mejorar la producción escrita

Lic. Mónica Herrero

IESLV “Juan R. Fernández”

El objetivo de este trabajo es compartir criterios que han dado buenos resultados en la cátedra de Lengua Española I del Traductorado de Inglés del IESLV "Juan R. Fernández" a la hora de monitorear la producción escrita de los alumnos de modo de que mejore considerablemente. Para ello, se presentan tres ejemplos de escritos con tres versiones cada uno que demuestran cómo las actividades de relectura y reescritura de los propios textos ofrecen a los alumnos la posibilidad no solo de corregir su producción sino también de tomar conciencia de cuáles son las dificultades que les son propias a cada uno y que varían según el sujeto. El trabajo en clase parte de la premisa, simple pero contundente, de que a escribir se aprende escribiendo. Sin desestimar la formación teórica, este trabajo plantea que la adquisición y fijación de la teoría se da de forma más natural, espontánea y mejor si se llega a ella a partir de las preguntas concretas que surgen en la práctica.

 

Os gêneros textuais nas aulas de Português-Língua Estrangeira: qual é o foco?

Dra. Regina L.Péret Dell’Isola

Universidade Federal de Minas Gerais

Alunos de português-língua estrangeira (PLE) almejam ser proficientes na língua que estão aprendendo. Para que isso aconteça, nós, professores, precisamos investir em um ensino que promova a compreensão de como a linguagem se articula em ação humana sobre o mundo. O trabalho com gêneros textuais favorece o desenvolvimento de habilidades de leitura, compreensão auditiva e produção de textos orais e escritos na língua alvo.

A presença da diversidade de gêneros textuais nas aulas de PLE não garante o exercício das atividades sociointerativas a que eles se prestam. É preciso que seja realizado um trabalho consistente com foco na língua em uso, a partir da exploração de gêneros textuais. Os textos são instrumentos que permitem a interlocução, a partir da ativação de processos cognitivos e de estratégias de ordem comunicativa. É necessário abrir os horizontes dos aprendizes para que levem em consideração a natureza da ação dos gêneros como agentes que evidenciam as práticas culturais de nossa sociedade.

Nessa conferência, nossa meta é levantar uma discussão relativa à importância do contato dos aprendizes com gêneros textuais, diante da constatação de que falta, nas aulas de PLE, um trabalho consistente com foco na constituição (natureza e delimitação) dos gêneros e nas esferas de uso da língua em que eles se realizam como atividades constitutivas de interação verbal.

 

Uma Proposta para o Ensino de Gramática no Ensino Médio: trechos selecionados

Dr. Lorenzo Vitral

Universidade Federal de Minas Gerais

A partir da conscientização de que é preciso uma nova postura pedagógica no ensino de português como língua materna e, conseqüentemente, o desenvolvimento de novos materiais pedagógicos, apresento, nesta palestra, uma proposta de um novo manual de gramática do português do Brasil. Este manual deve ser considerado como um instrumento auxiliar numa perspectiva de ensino que tem como objetivo levar os alunos a se tornarem leitores/produtores competentes de textos escritos e orais. Nosso manual está organizado a partir dos seguintes eixos principais: (1) distinção explícita entre descrição formal e semântica dos conteúdos gramaticais; (2) divisão do livro em duas partes: na primeira, estão expostos os conteúdos gramaticais tratados a partir de regras e, na segunda, os conteúdos que são exceções a estas regras, dispostos na forma de um glossário; (3) cotejamento entre a fala e a escrita no que se refere ao uso dos recursos gramaticais; (4) exemplificação extraída de tipos e gêneros textuais variados; e (5) exercícios criados a partir de usos reais em textos de tipos e gêneros diferentes.

 

TARDE

A origem da escrita e das convenções ortográficas em Língua Portuguesa

Dnda. Paula Soares Maia

Universidade Federal de Minas Gerais

“A escrita nem sempre existiu". Este é o ponto de partida das reflexões que serão feitas em torno da questão língua escrita vs língua oral e suas convenções. A escrita alfabética, utilizada hoje em quase todo o mundo, não surgiu como a conhecemos hoje, nem teve um único inventor. Conforme a literatura lingüística, levou quase três mil anos para se tornar o que é, o que já põe em evidência uma certa incoerência quando esperamos que nossos aprendizes se apropriem dela e a manejem com perfeição após o primeiro ano de contato. A escrita se constituiu em uma das formas da comunicação humana, mas não a primeira, nem a única. Isto já nos remete ao fato de que a oralidade precede a escrita e não o contrário. Por sua vez, a influência da oralidade sobre a escrita é algo que nunca poderá ser negado ou evitado, assim como as convenções ortográficas inventadas para equacionar as variações linguísticas são um fato que também demanda uma ação pedagógica de conscientização. Portanto, através do relato de como a escrita vai surgindo entre diversos povos, e das diferentes maneiras como se dá ao longo da história da humanidade e em diversas culturas (cf. Cagliari, 1998; inédito), inclusive na atualidade, esperamos favorecer o rompimento com alguns preconceitos e tabus que tanto poder de exclusão atribuem a esta forma de comunicação.

 

A nova ortografia do Português como segunda língua

Dr. José Pereira da Silva

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

pereira@filologia.org.br

Nos pontos em que foi modificada, a nova ortografia da língua portuguesa está bem mais simplifica e lógica.

Como essas alterações resultaram de um acordo internacional entre sete dos nove países que a têm como língua oficial, todas elas são defendidas por uns e combatidas por outros usuários porque vão ter de modificar o seu hábito de escrita.

Além de haver dupla grafia para algumas palavras, dependendo da sua consagração pela pronúncia culta da língua em cada país ou região, manteve-se a regra mais lógica e coerente para a acentuação gráfica e para a hifenização, com uma substancial simplificação.

Na acentuação gráfica, podem se reduzir a uma só regra noventa e nove por cento das palavras acentuadas na língua para indicar a sílaba mais forte, fixando-se apenas a tonicidade natural do idioma, que ocorre nas palavras paroxítonas terminadas em a, as, e, es, o, os, am, em, ens e nas oxítonas que terminam diferentemente. Com o Acordo, só houve eliminação de acento gráfico. Nenhum foi acrescentado.

Quanto ao hífen, ressalvadas algumas exceções, hifeniza-se a palavra formada com prefixo ou pseudoprefixo em que o segundo elemento comece por "h" ou pela mesma letra que termina o primeiro (micro-ondas, inter-relacionar, super-homem, anti-helmíntico; antiaéreo, antissemita) e, quando forem palavras compostas pela justaposição de duas palavras não intermediadas por preposição ou conjunção (segunda-feira, guarda-roupa; pé de moleque, dia a dia). As exceções ou regras especiais não atingem a dez por cento das palavras hifenizadas.

 

O papel que exercem a oralidade e a escrita na formação do letramento em sociedades de oralidade secundária

Dr. José Mario Botelho

FFP - Universidade do Estado do Rio de Janeiro e ABRAFIL

Nas sociedades de oralidade secundária – oralidade que se efetiva paralelamente à prática da escrita (ONG, 1982) –, todos os membros normais apresentam, de certa forma, um grau de letramento, considerando que oralidade e escrita constituem duas práticas sociais e não apenas as modalidades linguísticas à disposição dos usuários de uma dada língua (KLEIMAN, 1995; BOTELHO, 2001). 

De certo, não se pode negar que oralidade e escrita, como práticas sociais, se intercruzam e se completam, embora apresentem cada uma por si características particulares. Em consequência disso, a evolução de uma se relaciona com a prática efetiva da outra, já que ambas são atividades comumente desenvolvidas em sociedades modernas. Logo, na fala do usuário proficiente, podem-se perceber efeitos do letramento, uma vez que em cada estágio do uso da língua constatamos que as linguagens oral e escrita influenciam uma à outra, o que as torna parcialmente isomórficas (BOTELHO, 1997 e 2001).

O objetivo desta Comunicação é, pois, descrever o ciclo de influências mútuas, que se estabelece nas práticas da oralidade e da escrita em sociedades de oralidade secundária, e refletir sobre o papel que essas modalidades da língua exercem na formação e no desenvolvimento do letramento em tais sociedades.

Palavras-chave: oralidade secundária, influências mútuas, práticas sociais, letramento

 

4ª feira – 11 de novembro

MANHÃ

FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES, DILEMAS, DESAFIOS E A INSERÇÃO NO MUNDO DA VIDA E DO TRABALHO

Dra.  Cleoni Maria Barboza Fernandes

Profa. do Programa de Pós-Graduação Em Educação

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul/RS/Brasil.

Agência financiadora: CNPq 

A discussão traz um recorte de pesquisa, com reflexões e inferências apoiadas em dados de uma pesquisa interinstitucional que discute a reformulação das licenciaturas (Cursos de Formação Inicial de Professores) a partir da epistemologia da prática e da inserção no campo profissional. É destacada nessa discussão a Didática como uma possibilidade mediadora entre os conhecimentos da área específica e os conhecimentos da área pedagógica, tendo como referente práticas sociais do mundo da vida e do trabalho. Neste retorno da Didática aos currículos, nos inquietamos e nos interrogamos, pois ao mesmo tempo, em que media a formação específica e a formação pedagógica há que se ter um cuidado em não reduzi-la à instância técnica. Está posta a discussão com a tese, uma crença de que a Didática não perde sua dimensão de totalidade, dimensão totalizante do ato educativo (SARTRE In: SANTOS: 1996) em sua possibilidade de mediação como um diálogo epistêmico entre a dita formação específica e a formação pedagógica da Língua Portuguesa das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. É apresentada síntese provisória de algumas inferências e implicações sobre o estágio curricular supervisionado em busca de uma territorialidade na licenciatura, entendendo o trabalho com o conhecimento como categoria de mediação na prática pedagógica cotidiana indissociada da prática social.

 

Ensino da Língua Portuguesa a distância, via Internet

Dr. José Pereira da Silva

Universidade do Estado do Rio de Janeiro

pereira@filologia.org.br  

Há muita coisa no ensino e na aprendizagem de língua que pode ser realizada perfeitamente sem a presença física de um professor diante de seu aluno. Quase tudo, certamente.

As atividades que envolvem a comunicação oral podem ser apresentadas através de pequenos filmes comentados, músicas etc., e as que envolvem a escrita, através de textos, com explicação das regras gramaticais e ortográficas; tudo seguido de exercícios de fixação e de debate, através de fóruns (assíncrono) ou de sala de bate-papo (síncrono).

Será apresentada como exemplo uma plataforma ainda em construção, para um curso sobre A NOVA ORTOGRAFIA DA LÍNGUA PORTUGUESA, que está disponibilizado na página https://www.ava-pereira.com.br/ava e que tem acesso livre.

Para ter retorno de aprendizagem assegurado, é necessário que se forme uma equipe, com um tutor (que auxiliará os alunos nos fóruns, sessões de bate-papo, correções de exercícios objetivos etc.), um suporte técnico (para resolver as questões de navegabilidade na plataforma virtual) e um professor (que planejará, avaliará e aprofundará o assunto, quando necessário).

Para o hispanófono que aprenderá o português como segunda língua, é importante que os textos sejam gravados por um leitor fluente no idioma, visto serem muito sutis, em alguns casos, as diferenças de pronúncia entre português e espanhol.

O objetivo dessa palestra é mostrar a viabilidade e a economia de tempo para se aprender língua portuguesa a distância, de uma forma leve e prática, quase sem custo.

 

Aspectos da avaliação da proficiência em português: o caso de Exame Celpe-Bras

Dr. Jerônimo Coura-Sobrinho

Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais

O Celpe-Bras é uma iniciativa do Ministério da Educação do Brasil, que tem por objetivo avaliar e emitir certificado de proficiência na variante brasileira da língua portuguesa, para estrangeiros que queiram estudar ou trabalhar no País. Sua aplicação foi iniciada nos anos 1990, em algumas universidades brasileiras. Atualmente, mais de setenta instituições aplicam o Exame no Brasil e no exterior. Ao longo dos anos, o Celpe-Bras foi objeto de investigação em programas de pós-graduação diversos, consolidando-se como uma iniciativa ousada, ao avaliar conjuntamente as habilidades que compõem a competência comunicativa dos candidatos. Por meio de um único exame, são avaliadas as habilidades de compreensão e de produção de diversos gêneros textuais. Nesta apresentação, será apresentada a estrutura do exame, seus pressupostos teóricos, e os efeitos retroativos que o mesmo tem provocado no ensino de português.

Palavras-chaves: exame de proficiência em português; Exame Celpe-Bras

 

TARDE

A gramática como área de pesquisa

Dr. Mário A. Perini

Universidade Federal de Minas Gerais

Defendo a seguinte tese: o estudo de gramática deve ser parte da formação científica dos alunos – e se não for isso não terá grande utilidade.

Faço algumas considerações sobre a importância da ciência e de seu ensino no mundo atual. Depois, passo a examinar o caso específico do estudo de gramática em nossas escolas. Tento mostrar que a gramática portuguesa é um continente inexplorado, cheio de problemas a estudar; e que pode vir a ser uma disciplina útil e mesmo fascinante, contribuindo para a formação científica de nossos alunos.

 

TERRA BRASIL:  nova proposta de ensino da língua e cultura da terra brasileira 

Dra. Regina L. Péret Dell´Isola

 Universidade Federal de Minas Gerais

Nessa apresentação serão evidenciadas a estrutura e a concepção do livro Terra Brasil, escrito pelas professoras Regina Dell´Isola (UFMG) e Apparecida de Almeida (UQuaM-Canadá). Trata-se de uma nova proposta de ensino de PLE que se destina a falantes de qualquer idioma que queiram aprender a variante brasileira da língua portuguesa. A obra compreende: diálogos, uso comunicativo, tarefas, textos para leitura, atividades de escrita e de produção de texto, compreensão auditiva, fonética, aspecto cultural e sistematização gramatical. Além de atividades para a aprendizagem e solidificação dos conhecimentos linguísticos, valoriza-se o desenvolvimento de competências que envolvem compreensão, expressão oral e escrita centradas no uso do idioma falado no Brasil, considerando sua diversidade de variedades e de níveis de formalidade. O livro está escrito conforme o novo Acordo Ortográfico e tem seu foco tanto em atividades interativas quanto na sistematização gramatical, apresentada de maneira clara e sucinta. Nesse livro estão incluídas tarefas comunicativas que contribuem eficientemente para preparar o aprendiz para interagir na sociedade brasileira e que o introduzem a conhecer os princípios orientadores do exame de proficiência oficial do Brasil, o CELPE-Bras.  Trata-se de uma opção das autoras com base em suas experiências com o ensino de português como segunda língua e como língua estrangeira.

 

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