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Este é um espaço de esclarecimento e debate da língua portuguesa como língua estrangeira para hispanofalantes, estabelecendo comparações com conhecimentos em língua espanhola. Temos por meta também contribuir respondendo questões de formação docente em PLE e LE.

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Este é um projeto sem fins lucrativos e é realizado e mantido por professores e alunos do Departamento de Português do Instituto de Enseñanza Superior en Lenguas Vivas “Juan R. Fernández”.

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Fecha 21.08.2009

Por Francisca Paula Soares Maia

Asunto Re: procurar - buscar

Responder

Oi, Héctor,
Em se tratando de 'uso', penso que a palavra 'procurar'
é bem mais frequente em nosso dia-a-dia.
Falamos em procurar 'coisas', 'pessoas', 'lugares',
etc. Já a palavra 'buscar' me parece de uso menos
comum e mais restrito, quando tem o significado de
procurar. Atualmente, 'buscar' parece estar assumindo
o sentido de 'transportar'. Falamos em buscar 'coisas',
'pessoas', 'lugares', no sentido de 'procurar' quando
a busca em si é mais vaga.

Fecha 21.08.2009

Por Darcília Simoes

Asunto Re: procurar - buscar

Responder

Em primeiro lugar: NÃO HÁ SINÔNIMOS PERFEITOS. CADA UM APRESENTA TRAÇOS SEMÂNTICOS ESPECÍFICOS QUE RESTRINGEM-LHE O USO.

Um explicação simplificada para o caso de PROCURAR e BUSCAR, é:
- PROCURAR - executar as ações necessárias para tentar encontrar (algo)
- BUSCAR - esforçar-se por achar ou descobrir (alguém ou algo)
veja que o primeiro trata de uma ação na direção de algo EXISTENTE; enquanto o segundo implica o OCULTAMENTO ou a INEXISTÊNCIA da coisa buscada.

Fecha 23.08.2009

Por Hector

Asunto Re: procurar - buscar

Responder

Muito obrigado a todos pelas respostas. Agora ficou claro.
Hector

Fecha 21.08.2009

Por Matias

Asunto após - depois de

Responder

Há alguma diferença de uso entre "após" e "depois"? Que faz com que o falante escolha uma ou outra opção?

Fecha 21.08.2009

Por Lorenzo Vitral

Asunto Re: após - depois de

Responder

Ambas as palavras são de origem latina, embora "depois" seja do latim tardio, o que, até certo ponto, colabora para uma preferência por "após" se nos atermos a critérios mais normativos. Por outro lado, "após" é categorizado como uma preposição e "depois" como um advérbio. Assim, é possível usar "depois" sozinho, isto é, sem um complemento, o que não ocorre com "após"; por exemplo, " *eu te vejo após", mas "eu te vejo depois" (o asterisco quer dizer que a oração não é bem formada). No caso de "após" é preciso,portanto, incluir um complemento: "eu te vejo após a festa". É possível também formar uma locução com "depois", acrescentanto uma preposição e um complemento: "eu te vejo depois da festa". Neste uso, enfim, esta última construção se torna equivalente - e por isso concorrente - da oração "eu te vejo após a festa".

Fecha 21.08.2009

Por Francisca Paula Soares Maia

Asunto Re: após - depois de

Responder

Oi, Matias,
Além da diferença na conformação sintática, visto que
'após' não aceita ser seguido por um complemento com
preposição, ao passo que 'depois' exige um complemento
preposicionado, penso que há também uma questão
de 'uso'. Parece que também a palavra 'depois' está sendo
mais frequente que a palavra 'após', sendo que o
falante nativo de PB (Português Brasileiro) usa 'após' em
contextos mais 'formais'. São afirmações intuitivas, tá?
Carecem de observações mais formais.

GRANDE ABRAÇO
PAULA

Fecha 21.08.2009

Por Darcília Simoes

Asunto Re: após - depois de

Responder

Em primeiro lugar: NÃO HÁ SINÔNIMOS PERFEITOS. CADA UM APRESENTA TRAÇOS SEMÂNTICOS ESPECÍFICOS QUE RESTRINGEM-LHE O USO.
Então vejamos:
APÓS - preposição
1 relaciona por subordinação e expressa os sentidos:
1.1 atrás de, a seguir a (no espaço)
Ex.: logo a. os tanques, seguiam os soldados
1.2 depois de, a seguir a (no tempo)
Ex.: a. breve pausa, continuou
APÓS advérbio
2 depois, em seguida
Ex.: o trem parou e, logo a., ela desembarcou
3 Estatística: pouco usado.
atrás de si
Ex.: passou, deixando um rastro de perfume a.




DEPOIS - advérbio
1 em um momento posterior; em seguida
Ex.: refletiu muito e d. se decidiu
2 na retaguarda, atrás, detrás
Ex.: d. do capitão, que encabeçava a companhia, marchavam os soldados
3 além disso; ademais, outrossim
Ex.: a tentativa é perigosa e, depois, contrária à moral


Estes são exemplos e explicações do Dicionário HOUAISS.


Um abraço.
Darcilia

Fecha 18.08.2009

Por Pame

Asunto Colocação pronominal

Responder

Olá! Será que alguem pode me ajudar? Sei que na língua escrita que não se pode iniciar preríodo ou oraçao com pronome oblíquo atono. Porém achei esta oração que me faz duvidar
"...Ela e o namorado, Daniel Cady, se desentenderam..." Porque é que depois da vírgula estão utilizando pronome? é porque a vírgula só está indicando que há um elemento intercalado?

Muito obrigada!
Pamela

Fecha 19.08.2009

Por Francisca Paula Soares Maia

Asunto Re: Colocação pronominal

Responder

Oi, Pamela,
A colocação pronominal está diretamente relacionada com
a questão da
língua padrão e da língua falada. Como muitos trabalhos
escritos demonstram (Bagno,
2003; Faraco, 2008; Perini,1997;dentre outros), a gramática
apresenta regras que
são prescritivas de uma língua que não é a do uso dos
falantes desta língua. Deste
modo, a tendência de um falante de Língua Portuguesa do
Brasil é antepor o pronome
ao verbo, até mesmo em língua escrita; diferentemente de um
falante do Português
Europeu, que tende a usar a posposição. Este é um fato que
tem requerido de alguns
gramáticos uma observação em suas obras. Lembremos que é o
uso que leva à
mudança.
ABRJSSSS PAULA

Fecha 19.08.2009

Por Marcos Bagno

Asunto Re: Colocação pronominal

Responder

A proibição de iniciar frase com pronome oblíquo é uma das mais absurdas da tradição gramatical brasileira, porque se baseia exclusivamente na fonética do português europeu e despreza em absoluto a fonética do português brasileiro. No português brasileiro, exatamente como em espanhol e italiano, os pronomes oblíquos não são átonos, são semitônicos, têm força suficiente para iniciar um enunciado. Embora ainda prevaleça no ensino a proibição absurda, muitos e muitos brasileiros, a começar dos escritores do período modernista (1922), já têm jogado no lixo essa regra que não corresponde à realidade fonética da nossa língua. Ao contrário do que se enuncia nas gramáticas normativas ("a ênclise é a colocação básica da língua portuguesa"), os estudos linguísticos feitos no Brasil nos últimos cem anos já provaram que a colocação básica da nossa língua é a próclise ao verbo principal. As incontáveis regras e subregras da colocação pronominal que aparecem nos livros didáticos devem ser urgentemente revistas e substituídas pelas verdadeiras regras que funcionam no português brasileiro. Por causa dessa proibição absurda, o brasileiro é o único povo do mundo que tem que aprender a usar os clíticos (pronomes oblíquos) de um modo que não corresponde em nada à dinâmica de sua língua.
Abraço,
Marcos Bagno

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