Pamela:
Quando se diz que não se deve começar período com pronome oblíquo, isso vale só para a escrita muito formal. Na escrita mais informal (crônicas, textos jornalísticos de crônica esportiva, comentários na seção de turismo, etc.), já abandonamos esta regra (que é, aliás, ridícula. Mas, como ela fez "história" - se tornou a rainha das picuinhas gramaticais no Brasil - ela ainda é respeitada em alguns contextos. Cada vez menos.).
O exemplo que você traz, porém, não é bem o caso. O pronome não está começando o período. Ele está depois do sujeito e antes do verbo. Esta é a posição predominante no português brasileiro (o pronome oblíquo ocorre normalmente antes do verbo principal). Portanto, não há qualquer problema com a colocação dele.
Um abraço.
Faraco
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Cara Pamela,
A sua intuição está correta: a próclise neste caso se deve ao fato do pronome não iniciar a oração e sim aparecer após um constituinte intercalado. De toda maneira, o tema da colocação pronominal em português é bastante complexo pois há vários aspectos a considerar: (1) as diferenças de norma e uso entre o português europeu (que é mais ênclitico) e o português do Brasil (que é mais próclitico); (2) as diferenças entre o uso recomendado sobretudo na escrita e o uso real na fala, principalmente no caso no português do Brasil; (3) os fatores estruturais, dentre eles, principalmente, as chamadas "palavras atratoras", que favorecem ou desfavorecem a próclise e a ênclise.
Até breve,
Lorenzo.
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Olá! Gente, gostaria saber onde é que posso encontrar essa questão bem explicada.. acontece que nas gramáticas que consultei não há concordância.. quer dizer uma diz uma coisa e outra, outra. Será que vocês podem me ajudar para que esse assunto fique claro?
Muito obrigada
Pamela
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Sobre o que é perguntado, qualquer boa gramática de português (e de castelhano) pode informar.
Os tempos primitivos são aqueles de cujo radical se formam outros tempos verbais. Por exemplo, a 1a. pessoa do singular do presente do indicativo fornece o radical para o presente do subjuntivo: eu peço > que eu peça, tu peças, ele peça...
Do pretérito perfeito do indicativo saem o mais-que-perfeito do indicativo, o imperfeito do subjuntivo e o futuro do subjuntivo: eu fiz > eu fizera, eu fizesse, eu fizer.
Um grande abraço,
Marcos Bagno
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Cara Pamela,
Existe um capítulo no livro "Para entender o texto-Leitura e Redação" de Platão e Fiorin, Ática: São Paulo,1990, que trata do uso e compreensão dos tempos verbais compostos. A descrição que fazem é muito clara e mais explicativa do que o que se encontra normalmente em gramáticas escolares.
Abraços,
Lorenzo.
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Muito obrigada Lorenzo!
Abraço
Pame
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Fecha 05.08.2009
Por Carlos Alberto Faraco
Asunto Re: Tempos primitivos e derivados - Verbos
ResponderPamela:
Esta história de tempos primitivos e derivados dos verbos é uma espécie de truque pedagógico. Os gramáticos que inventaram isso acreditavam que seria mais fácil dominar a conjugação dos verbos, em especial dos irregulares, se a gente trabalhasse com estas correlações. Você encontra uma boa apresentação do assunto na Gramática Houaiss da Língua Portuguesa (Instituto Houaiss & PubliFolha, 2008), escrita pelo prof. José Carlos de Azeredo.
Os ditos tempos primitivos são o presente do indicativo, o pretérito perfeito do indicativo e o infinitivo não flexionado. Os demais são derivados: do presente do indicativo se derivam o pretérito imperfeito do indicativo, o imperativo afirmativo e o presente do subjuntivo. Do pretérito perfeito do indicativo se derivam o pretérito mais-que-perfeito do indicativo (hoje de raríssimo uso em português), o pretérito imperfeito do subjuntivo e o futuro do subjuntivo. E do infinitivo não flexionado se derivam os dois futuros do indicativo.
Um abraço.
Faraco
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Muito orbigada!
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Obrigada Marcos!
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Oi gente!! meu nome é Samanta e estou precisando se alguém poderia me ajudar com exercicios para praticar verbos do subjuntivo ou alguma pagina da internet q tenha exercicios...
O brigada!!!
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