Cara Pamela,
Estas orações relativas (ou adjetivas) são geradas da seguinte maneira: "eu moro na (em + a) casa amarela > a casa na qual moro é amarela"; eu moro em casa alugada > a casa em que moro é alugada"; embora exista também: "a casa na qual moro é alugada". Mas não é possivel empregar " * a casa na que moro é alugada" (que seria o resultado de em + a + que) porque a conjunção "que" não pode ser precedida pelo artigo "a".
Até breve,
Lorenzo.
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Gostaria de saber o seguinte:
se o período simples está formado por uma só oração, chamada de oração absoluta quer dizer que então num parágrafo (onde se supoe que as oraçoes, mesmo estejam separadas por pontos, estão ligadas) não poderiamos encontrar oraçoes absolutas, né?
Por exemplo, no seguinte parágrafo é correto classificar as duas últimas oraçoes como coordenadas assindéticas? (Competência e pragmatismo são tudo. / Partido não interessa ...")
"... Esses três exemplos têm muitos traços comuns. O primeiro e mais decisivo é o comprometimento do governador e de sua equipe próxima. A educação melhora somente quando se torna o centro de gravidade do governo, e assim persiste por vários anos. Competência e pragmatismo são tudo. Partido não interessa ..."
Obrigada, Pamela
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Pamela:
A classificação "período simples / oração absoluta" é puramente formal e não transcende o nível da sentença (para a análise sintática tradicional não "existe" parágrafo). Eu diria que no exemplo temos sim dois períodos simples, cada um com uma oração absoluta.
Um abraço.
Faraco
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Muito obrigada! Analisarei, então, as oraçoes até o ponto final sem levar em conta o "paragráfo"
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Pamela:
Como disse antes, a análise sintática tradicional não tem recursos para análises transfrásticas. Seu objeto não vai além da sentença. E sua referência é a sentença escrita - ou, talvez melhor dizendo, uma idealização da sentença escrita. Claro que nós falantes somos capazes de construir e captar intuitivamente relações transfrásticas. Na análise de um parágrafo e de um texto, essas relações serão fundamentais. Se, porém, quisermos formalizar essas intuições, precisamos de outros instrumentos analíticos.
Um abraço.
Faraco
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Gostaria de saber se é correto dizer que na seguinte frase o verbo FABRICAR está no futuro do subjuntivo e não no infinitivo pessoal, como já li na internet.
"...Ficaremos mais satisfeitos a cada novo produto que fabricarmos..."
Será que alguém pode dar alguma dica para diferenciar esses tempos verbais? Muito obrigada.
Pamela
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O verbo "fabricar" no exemplo dado está no futuro do subjuntivo. O infinitivo pessoal ou infinitivo flexionado só existe em português e, por isso, representa uma dificuldade para os falantes de outras línguas românicas. Na maioria dos verbos, os verbos regulares, as duas formas são idênticas: "quando eu fabricar" (fut subj) e "para eu fabricar" (infin pess). Nos verbos irregulares, o fut subj se forma a partir do pretérito perfeito: "eu fiz" (pret perf), "quando eu fizer", mas "para eu fazer" (infin pess), porque o infinitivo é "fazer". O infinitivo pessoal do português é usado onde nas demais línguas se usa o presente do subjuntivo: "para ele fazer isso, vai precisar de ajuda" (= "para que ele faça isso, vai precisar de ajuda"). No entanto, nem mesmo para os falantes de português fica muito claro quando flexionar ou não o infinitivo, porque não há regras muito bem definidas nas gramáticas a esse respeito. Podemos dizer, por exemplo: "Para fazer esse trabalho, vamos precisar de ajuda do professor" ou "Para fazermos esse trabalho, vamos precisar de ajuda do professor" (ambas corretas).
Marcos Bagno
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Agradeço muito a resposta! É difícil.. por isso eu fico lendo e lendo.. e quando achei na internet essa frase como exemplo de infinitivo pessoal pensei "... puxa vida! a final de contas não entendi nada..." jajajaja Mas não estava errada, não.. na internet há cada coisa....
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Nessa frase temos o futuro do subjuntivo. Esse tempo nem sempre é idêntico ao
infinitivo (razão pela qual temos que diferenciar os dois): é diferente com
vários verbos irregulares: fazer / fizer, ser / for, estar / estiver etc.
Para saber de qual dois dois se trata, pode-se aplicar o seguinte critério: o
infitivo, como forma não-finita (o nome já diz) nunca pode ocorrer depois de
conjunção (quando, se, que) ou pronome relativo (que); se a oração for
introduzida por um desses itens, é o futuro do subj. Já o infinitivo (ao
contrário do futuro do subj) pode ser precedido de preposição: ela tem medo de
ser descoberta / eu fiz isso só para fazer confusão.
Perini
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Muito obrigada! :)
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